Artigos produzidos como resultados de pesquisas realizadas nos últimos anos e apresentados no XVI Encontro Nacional de Geógrafos  promovido pela Associação dos Geógrafos Brasileiros em julho de 2010 em Porto Alegre. Estão disponíveis artigos (clique no título para acessa-los na integra):

 

Autores: Perla Duarte do Couto; Solismar Fraga Martins

Autor: William Martins da Rocha

Autora: Ana Cristina Duarte de Aguiar

Autora: Gisele de Maria Santana

Autores: Andressa Cristiane Colvara Almeida e Susana Veleda da Silva

6ª MPU - 2007

Extensão

Autores: MATEUS FERREIRA BALINHAS TAVARES E CÉSAR AUGUSTO AVILA MARTINS
Apresentador (a):MATEUS FERREIRA BALINHAS TAVARES
Orientador (a): CÉSAR AUGUSTO AVILA MARTINS
Outros Trabalhos:
Instituição: FURG
Área: 4 - Educação
Título: Ciclo de Palestras “Quintas urbanas”
Resumo: O projeto constitui-se em um ciclo de palestras que têm como eixo central as discussões e as elaborações sobre o urbano, considerado como um dos processos constituidores da vida no atual período histórico e, sobre a cidade, que se apresenta como uma forma de organização social que concentra a maior parte da população brasileira. A partir desse eixo, desde 2005, no projeto organizado pelo Núcleo de Análises Urbanas (NAU), os palestrantes (professores universitários da FURG e de outras instituições, graduados que já apresentaram pesquisas em nível de Pós-Graduação, gestores de instituições públicas e privadas, representantes de movimentos sociais e autores de obras não acadêmicas sobre a cidade e o urbano), desenvolvem palestras que tratam das múltiplas possibilidades de análise sobre o urbano e a cidade. Neste sentido, serão tornadas públicas algumas das atividades de ensino, desenvolvidas especialmente com estudantes de graduação e suas articulações com pesquisas desenvolvidas por diferentes pesquisadores, criando um espaço aberto para diferentes concepções, análises e proposições. Essas atividades também contemplam a necessidade de maiores debates com a sociedade civil rio-grandina sobre a problemática urbana.
Bolsa: FURG

 

Iniciação Cientifica

Autores: MATHEUS RODRIGUES DE OLIVEIRA
Apresentador (a):MATHEUS RODRIGUES DE OLIVEIRA
Orientador (a): SOLISMAR FRAGA MARTINS
Outros Trabalhos:
Instituição: FURG
Área: 7 - Ciências humanas - Geografia
Título: FRISCHES INDUSTRIELLES NO EXTREMO SUL DO BRASIL: UMA ANÁLISE SOBRE O CASO DA CIDADE DO RIO GRANDE/RS.
Resumo: O conceito de friches industrielles vem sendo cada vez mais utilizado como forma de analisar os espaços industriais produtivos outrora e que hoje não mais desempenham tal atividade representando “vazios industriais”. Isso significa para as cidades fabris do passado ou que não mais dispõe de fábricas na sua área urbana de ocupação intensiva, uma quantidade de grandes estruturas industriais abandonadas ou com uma funcionalidade diferente daquela para o qual foi concebida. Ou seja, tais estruturas inseridas comumente na cidade e que perderam sua função produtiva, hoje representam espaços ociosos sem função ou com função (não industrial) aquém da estrutura ali instalada. A cidade do Rio Grande representa, de forma análoga, as transformações de um espaço portuário e urbano que através da acumulação comercial derivada das atividades de importação e exportação, consegue criar um parque fabril importante em termos nacionais a partir do final do século XIX. Isto resulta para o presente um espaço significativo de análise para a existência das friches industrielles. Deve-se considerar o potencial para a reabilitação desses espaços ociosos, dando-lhes uma função social e ultrapassando a simples configuração de cemitérios industriais.
Bolsa: FURG

Autores: ADRIANA LESSA CARDOSO
Apresentador (a):ADRIANA LESSA CARDOSO
Orientador (a): SUSANA MARIA VELEDA DA SILVA
Outros Trabalhos:
Instituição: FURG
Área: 7 - Ciências humanas - Geografia
Título: Feminização do mercado de trabalho: as mulheres chefes de família em Rio Grande. (RS)
Resumo: Esta pesquisa aborda os estudos de gênero, feminismo e trabalho buscando problematizar questões da emancipação feminina referenciando- se na metodologia qualitativa. O objetivo geral é analisar a situação das mulheres consideradas chefes de família que estão estudando, no município de Rio Grande-RS. Entende-se que chefe de família é a pessoa reconhecida como a maior autoridade dentro de um grupo familiar. Conforme o Censo 2000 do IBGE, as mulheres desta cidade são responsáveis por 30 % dos domicílios, 59 % possuem entre um e quatro anos de estudo e a renda média não atinge a dois salários mínimos. Estes dados indicam a necessidade de problematizar a condição de trabalhadora produtiva e reprodutiva e examinar possíveis fatores e efeitos de empoderamento (empowerment) através da escola e do trabalho. Para se constituirá um grupo de mulheres chefe de família com filhos e que freqüentam o programa Educação de Jovens e Adultos (EJA). Considera-se que estudar significa um empenho por maior qualificação e uma procura por novos lugares de convívio. Situação que compõe um cenário que pode auxiliar nas formulações e implementações de políticas públicas, além de ser instrumento de conhecimento para a sociedade. A metodologia pretende operar com dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) e entrevistas semi-estruturadas para a interpretação a partir da fundamentação teórica, através de autores da Geografia Social e Feminista contemporânea. Este estudo aponta para um caminho teórico-metodológico que trabalha com a perspectiva dos estudos de gênero que pode contribuir para fortalecer uma cultura de emancipação e empoderamento, pois se propõe a fazer uma reflexão sobre as condições contemporâneas das mulheres.
Bolsa: CNPq

 

5ª MPU - 2006

 

Autores: ADRIANA LESSA CARDOSO
Apresentador (a):ADRIANA LESSA CARDOSO
Orientador (a): SUSANA VELEDA DA SILVA
Outros Trabalhos:
Instituição: FURG
Área: 7 - Ciências humanas - Geografia
Título: Contribuições e aproximações em Projeto de Pesquisa: Gênero na Geografia
Resumo: Esse trabalho tem como objetivo mostrar a minha participação, como bolsista, num projeto que objetivou mostrar o estado da questão da temática de gênero na Geografia da América Latina. Esta pesquisa despertou meu interesse na contribuição que as questões de gênero representa para as ciências sociais, particularmente a Geografia. A metodologia da pesquisa utilizou palavras chaves relativas ao tema - geografia, gênero, sexualidade, feminismo, mulher - para fazer uma busca em sites oficiais em cursos de pós-graduação em Geografia. Com o objetivo de selecionar dissertações e teses que tratam das relações de gênero na Geografia. Este levantamento, previa um contato por correio eletrônico com as instituições selecionadas, para solicitar a disponibilização da sua produção cientifica. A maioria das Universidades não tem produção nesta área e muitas não responderam a solicitação. As brasileiras aportaram mais dados, embora, com poucas pesquisas na temática. A Geografia historicamente se constitui nas Ciências Humanas e Sociais e as influencia, analisando o espaço geográfico e permitindo diferentes percepções, contribui para a compreensão das diferenças e possibilita a diminuição das desigualdades, através da construção um projeto social solidário e sustentável. Enfocando a Geografia brasileira, autoras (es) como Veleda da Silva observam, os movimentos sociais, incluindo os movimentos feministas vêm historicamente colaborando para a transformação e democratização do espaço geográfico, através da sua práxis social, a cultura eurocentrica. A questão de gênero permite que pesquisadoras(es) superem a disjunção entre sujeitos, ao desnaturalizar as relações de poder polarizadas em exterioridades reducionistas, baseando-se em estudos das relações sociais entre os sexos e as expressões de sexualidade. Sugere uma problematização e uma interdependência com as etnias, as classes econômicas entre outras categorias. Concluo sobre a importância dos mencionados estudos inspirando um diálogo de saberes procurando acrescer e qualificar a tematização para minimizar as desigualdades e possibilitar um convívio com as diferenças.
Bolsa: Sem Bolsa

 

Autores: MATHEUS RODRIGUES DE OLIVEIRA
Apresentador (a):MATHEUS RODRIGUES DE OLIVEIRA
Orientador (a): CÉSAR AUGUSTO ÁVILA MARTINS
Outros Trabalhos:
Instituição: FURG
Área: 7 - Ciências humanas - Geografia
Título: Mudanças territoriais da estrutura agrária do município de Rio Grande
Resumo: Aspectos sócio-econômicos da Ilha do Leonídio no Município de Rio Grande- RS (1920-1950). Matheus Rodrigues de Oliveira. Ac. do 2° ano de Geografia-Bacharelado – FURG Esta pesquisa tem por objetivo descrever aspectos relativos a produção agropecuária na Ilha do Leonídio. Entre esses destaca-se as relações entre empregado, empregador, o modo de comercialização da produção e as atividades culturais da população, da década de 20 até a década de 50 do século XX. A metodologia deste trabalho foi desenvolvida, através de uma revisão bibliográfica, um levantamento de dados obtidos por meio de entrevistas com questionário estruturado, centrado na análise do plantio, do comércio e do trabalho. A principal fonte de renda era obtida inicialmente, com a venda da uva e do pêssego, havendo também o cultivo de hortifrutigranjeiros. A produção era transportada por canoas até as docas do mercado público, onde era comercializada. A partir da construção de estradas que ligaram as ilhas ao centro da cidade o transporte da produção passou a ser realizado por via terrestre. A principal fonte de renda na ilha mudou na década de 40 devido a ação de pragas que atacaram o arvoredo, forçando os agricultores a investirem na monocultura de cebola, num processo de especialização produtiva. Essa mercadoria tinha grande procura, logo garantiria a venda da produção. O processo de mecanização do campo teve influência na forma de trabalho na Ilha durante a década de 50, com a chegada do trator Tobata, que é semelhante a um arado, porém movido por um motor. Os trabalhadores no início do século XX na ilha trabalhavam com grandes jornadas de trabalho durante todo o ano, existindo relatos de negação do direito de ir e vir. Suas atividades de lazer restringiam-se ao domingo à tarde, com a prática de esportes e raros eventos culturais e de lazer.
Bolsa: Sem Bolsa

 

Autores: DANIEL GODOY; PAULO ROBERTO RODRIGUES SOARES
Apresentador (a):DANIEL GODOY
Orientador (a): PAULO ROBERTO RODRIGUES SOARES
Outros Trabalhos:
Instituição: FURG
Área: 7 - Ciências humanas - Antropologia
Título: Aglomerção Urbana do Sul: analise das desiguadades socio-espaciais urbanas (RIO GRANDE E PELOTAS)
Resumo: A presente comunicação faz parte do projeto Aglomeração Urbana do Sul: analise das desigualdades sócio-espaciais urbanas (RIO GRANDE E PELOTAS), desenvolvido com apoio do CNPq e NAU-FURG. Tivemos por objetivo geral diagnosticar e analisar as desigualdades sociais e espaciais nas cidades de Pelotas e Rio Grande, cidades núcleos/polarizadoras do Aglomerado Urbano Instituído: a Aglomeração Urbana do Sul (AUSUL); revelando suas topologias sociais. A analise das desigualdades sociais urbanas teve como base as informações do Sistema de Recuperação de Informações Georreferenciadas (ESTATCART) e a Base de Informações por Setor Censitário do Censo 2000 do IBGE, bem como imagens de sensoriamento remoto. Pretendemos aqui mostrar os resultados das analises propostas, estabelecendo correlações entre setores e áreas e os diferentes tipos de ocupações. Através do estudo e mapeamento das diferentes tipologias de construção social do espaço urbano e a estrutura sócio-econômica das duas cidades, puderam ser analisados os dados sócio-demográficos obtidos no Censo 2000 relacionando-os à dinâmica e organização intra-urbana destas cidades. Com base nesta análise pretendemos que nossa pesquisa contribua para subsidiar as políticas públicas de planejamento espacial que poderão ser implantadas, visando a sustentabilidade social e ambiental desta aglomeração urbana. Desejamos também que seus resultados auxiliem no conhecimento e na gestão destes espaços em transformação.
Bolsa: CNPq

 

Autores: ADINAEL GAUTÉRIO DA SILVA
Apresentador (a): ADINAEL GAUTÉRIO DA SILVA
Orientador (a): SUSANA MARIA VELEDA DA SIVA
Outros Trabalhos:
Instituição: FURG
Área: 1 - Ciências exatas e da terra - Astronomia
Título: Mulheres e homens no mundo do trabalho:um estudo sobre as comerciários/as
Resumo: A pesquisa consiste em um estudo de caso das atividades dos trabalhadores do comércio local, situados no perímetro urbano-central da cidade do Rio Grande-RS, enfocando como objeto de estudo a população das “comerciarias” em suas características principais, por estas representarem a maioria dos profissionais empregados nestas funções, na relação de 64%. Destaca-se nesta analise cientifica as relações de gênero no trabalho. Pois a partir dos anos 70 foi constatada uma nova dinâmica no cenário do trabalho, sobre tudo, o feminino, fruto da articulação entre o novo modelo de reestruturação produtiva e a ebulição da luta pela causa feminista. Portanto, esta nova organização estrutural do trabalho torna possível uma maior visibilidade da divisão sexual do trabalho, marcada pelas distorções entre o trabalho feminino e masculino. Especialmente, nas esferas de trabalho produtivo e reprodutivo. A pesquisa ainda enfatiza a discussão do modelo de materialização histórico-social solidificadora do mercado de trabalho na atualidade, que se reproduz a partir do processo de imposição de determinados papéis funcionais para o gênero feminino nas profissões e no lar.
Bolsa: FURG

 

Autores: GUILHERME AFONSO HALAL; PAULO ROBERTO RODRIGUES SOARES
Apresentador (a):GUILHERME AFONSO HALAL
Orientador (a): PAULO ROBERTO RODRIGUES SOARES
Outros Trabalhos:
Instituição: FURG
Área: 7 - Ciências humanas - Geografia
Título: Analise de Modelos de Gestão em Aglomerações Urbanas no Rio Grande do Sul
Resumo: O estudo da questão urbana é importante para o desenvolvimento da sociedade capitalista contemporânea, visto que tal sociedade tem, cada vez mais, se tornado uma “sociedade urbana”. Entretanto dizer que a sociedade se torna cada vez mais urbana, não é, somente dizer que as pessoas agora vivem em sua grande maioria nas cidades, mas também, que o modo de vida urbano se torna o modo de vida homogeneizante, um modo de vida global. O processo de urbanização acelerada que vivemos transforma constantemente o espaço formando sistemas urbanos complexos (por exemplo metrópoles, regiões metropolitanas, megalópole, aglomerados urbanos, redes bipolares e cidades-regiões). A urbanização no Rio Grande do Sul está dentro desta lógica de desenvolvimento acelerado do processo de urbanização e apresenta exemplos de sistemas urbanos complexos formados por vários municípios. São estes: a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), a Aglomeração Urbana de Caxias do Sul (AUNE), a Aglomeração Urbana do Sul (AUSul) e a Aglomeração Urbana do Litoral (AU-Litoral). Os modelos de gestão destes espaços são interessantes objetos de estudo. No Brasil, a partir da abertura para a participação popular, temos dois modelos básicos de gestão das cidades: a gestão tecnocrática e a gestão democrática. Por gestão tecnocrática compreendemos aquela que é exercida por técnicos municipais e governamentais. Neste modelo, o consenso geralmente dá lugar à argumentação técnica e ao conhecimento cientifico. Já a gestão democrática é aquela em que os planos de ação e a execução destes são feitos contando com a ajuda e o consenso dos agentes sociais locais. Este trabalho tem por objetivo estudar e discutir modelos de gestão de aglomerados urbanos do Rio Grande do Sul, verificando seu grau de abertura para a participação popular na gestão democrática destes espaços urbanos.
Bolsa: FAPERGS

 

Autores: ANDRÉ DINIZ CORRÊA
Apresentador (a):ANDRÉ DINIZ CORRÊA
Orientador (a): CÉSAR MARTINS
Outros Trabalhos:
Instituição: FURG
Área: 7 - Ciências humanas - Geografia
Título: Mudanças territoriais na estrutura empresarial e do trabalho no município do Rio Grande (1994-1998)
Resumo: O presente estudo realizado pelo Núcleo de Análises Urbanas objetiva articular as mudanças na estrutura empresarial e do trabalho com a morfologia urbana no período 1994-2003. Com o uso do RAIS (Registro Anual de Informações Sociais), objetiva-se demonstrar quais as características gerais de tal período na estrutura empresarial e trabalho em Rio Grande. O período inaugura e confirma a estabilidade econômica com manutenção da abertura do mercado, a aceleração de projetos de privatização, a adoção de tecnologias e relações entre intercapitalistas e entre capital e trabalho poupadoras de mão de obra e de novas regulações entre o Estado, a sociedade e o território. O período 1994-1998 foi definido como marcado de um lado pela fase de transição entre a inauguração das políticas neoliberais, a crise pós-governo Collor e a criação do Plano Real em julho de 1994 e o final do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 1994 os principais dados são os seguintes: das 2.089 empresas, 669 empresas estavam no setor de comércio varejista e 147 empresas de alojamento e alimentação. Dos 33.261 trabalhadores, 5.100 eram da Administração Pública e 3.890 no comércio varejista. Dos 22.688 homens empregados, 3.325 eram da administração pública e 2.822 nas atividades associativas, e das 10.993 mulheres, 1.835 trabalhavam no comércio varejista e 1.775 na Administração Pública. No ano de 1998 verifica-se: das 2.435 empresas, 815 eram do setor de comércio varejista e 188 eram dos serviços prestados. Dos 26.968 empregos, 5.512 estavam na Administração Pública e 3.890 no comércio varejista. Do total 17.510 homens empregados, 5.212 estavam na administração pública e 3.890 no comércio varejista e das 9.458 mulheres trabalhadoras registradas 2.324 eram da administração pública e 1.789 do comércio varejista. No período observa-se que houve uma redução dos postos de trabalhos de 33.261 para 22.268 e a maior número de empregos se concentra nos setores de
Bolsa: Sem Bolsa

 

VIII CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 1999

Pesca empresarial/industrial no Rio Grande: uma interpretação da Geografia.

Autores: Cláudia Patrícia Schutz da Silva (CNPq), César Augusto Ávila Martins.

Orientador: César Augusto Ávila Martins.

Instituição: Fundação Universidade Federal do Rio Grande Degeo-Laboratório de Geografia.

Resumo: O estado sempre teve um papel decisivo junto ao setor pesqueiro. Até o governo de Fernando Collor, o órgão então responsável pela pesca era a SUDEPE (Superintendência de Desenvolvimento da Pesca), que agia de maneira decisiva em sua legislação, principalmente através do decreto 221 de 1967, onde foi aprovado subsídios para a construção de embarcações de grande porte. A SUDEPE junto com o IBDF (Instituto Brasileiro de Defesa Florestal) foi extinta, surgindo o IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente). As embarcações com tonelagem bruta (TAB) superior a 20 TAB são consideradas indústrias. A obtenção dos dados técnicos da frota industrial são do IBAMA, onde constatou-se que existem 59 embarcações e dessas 78% são de propriedades de armadores 22% de indústria. Quanto a parte de pesca executada possui o seguinte perfil: 22,34% arrasto; 50,85 espera, 11,86 vara. No Sindicato de Pescadores existem 2313 associados, apenas 223, estão na ativa. Com a extinção da SUDEPE, o setor pesqueiro ficou sem representatividade junto ao governo, consequentemente há anos não é alvo de políticas estatais, perdendo espaço para o pescado importado. Atualmente aponta-se: redução do parque industrial pesqueiro local, desemprego dos trabalhadores fabris e dificuldade de organização dos pescadores.

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 1998

 

Um estudo de geografia das indústrias: O parque industrial pesqueiro do Rio Grande.

Paulo S. Barbosa (FAPERGS/FURG), César Ávila Martins (Laboratório de Geografia/DEGEO/FURG)

Considerando urgente, tanto do ponto de vista acadêmico (a investigação de uma parcela da realidade local) e social (um setor com grande capacidade de geração de empregos, renda e arrecadação fiscal e, de relevo na divulgação do município) faz-se necessário a elaboração de um perfil atualizado da indústria pesqueira rio-grandina. Sendo este um trabalho de Geografia, manteve-se premissas básicas como a descrição dos elementos constitutivos de um setor industrial (pecado) em um lugar (Rio Grande) é possível entendê-lo como parte de uma dinâmica de diferentes escalas e que possui suas especificidades ligadas a ação dos agentes envolvidos e a produção de uma segunda natureza. As atividades teóricas desenvolvidas foram apresentadas em BARBOSA e MARTINS (1997). Do ponto de vista operacional esta sendo construído uma periodização cartográfica do parque industrial pesqueiro de 1963 até os dias atuais. Pretende-se dar visibilidade a articulação deste parque com o espaço urbano distinguindo aquelas atividades efetivamente industriais daquelas de comercialização. (FAPERGS).

 

Análise da produção empresarial e estatal de moradias na reestruturação do espaço urbano de Rio Grande.

Cristiane Teixeira Noguez (CNPq/FURG), Paulo Roberto Rodrigues Soares (Departamento de Geociências/FURG)

O objetivo do nosso trabalho é analisas a produção empresarial de moradias na cidade do Rio Grande. Por produção empresarial entendemos aquela realizada por construtoras, incorporadoras, empresas e, também, pelo Estado. Foram analisados 76 empreendimentos, num total de 11.049 unidades habitacionais, divididos em condomínios horizontais (casas), condomínios verticais (apartamentos) e conjuntos habitacionais (COHABs). Analisamos a localização, o ano de construção e os agentes empreendedores (construtoras/incorporadoras). Após foram agrupados os empreendimentos por período de construção e área da cidade onde se localizam. Podemos com este estudo verificar a dinâmica do crescimento urbano de Rio Grande. Nos anos 70 as construções empresariais situam-se próximo ao centro da cidade; nos anos 80 houve uma desconcentração dos empreendimentos em direção ao balneário Cassino e, nos anos 90, os empreendimentos voltam para as proximidades das áreas centrais aproveitando-se da valorização das mesmas. Constata-se assim a atuação de uma parcela significativa dos agentes produtores da cidade do Rio Grande, com implicações no seu crescimento, desenvolvimento e, também, no seu planejamento. (CNPq).

19º SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA DA ANPUH

 

Navegando nas areias da modernidade: a cidade do Rio Grande - Dos titãs ao superporto.

 

Imagens da decadência: a cidade de Rio Grande sob o olhar da imprensa.

Carlos Alberto de Oliveira (PUC-SP)-Coordenador.

Esta comunicação tem como objetivo apresentar elementos que possibilitem uma leitura crítica da cidade de Rio Grande a partir das “imagens” que são construídas pelo Jornal “Rio Grande”, no início dos anos 60.
Num primeiro contato com o “Rio Grande”, é possível perceber as “imagens da decadência”, a partir da ótica do Jornal: fechamento de importantes indústrias e o conseqüente desemprego, ineficiência do sistema elétrico e constantes interrupções do fornecimento de água. Além disto, eram freqüentes as notícias sobre prostituição e vadiagem.
Graças ao artifício da impessoalidade, o “Rio Grande” apresenta-se ao público leitor como expressão dos altos valores eternos, universais e, conseqüentemente, como apartidário, apolítico e impessoal. Deste modo, nas páginas “Rio Grande” são apresentadas uma série de “imagens da cidade”, que são extrapoladas aos seus leitores.

 

Rio Grande: da natureza imperativa ao espaço concebido.

 

César Augusto Ávila Martins (Universidade do Rio Grande)

O litoral retilíneo é marcado pela combinação da ação dos ventos e da planície costeira arenosa do Rio Grande do Sul impressionaram navegantes e viajantes/comerciantes dos séculos passados, chegando a refletir-se em trabalhos de cientistas sociais de poucas décadas atrás.
A imperiosidade de articular o futuro estado ao Império lusitano e aos mercados em constituição impõem ao estuário do “grande mar de dentro” – a Lagoa dos Patos, obras de engenharia ao porto de Rio Grande. Dos planos originais – metade do século XIX, à conclusão dos molhes da barra (1918), constroem-se duas dimensões de lugar: em primeiro lugar a fragilidade do Estado frente às ações de grandes empresas (veja-se o exemplo, a quebra de contratos) e sua imposição sobre a sociedade local. Em segundo lugar, a produção de um espaço concebido, esquadrinhado e linearilizador da natureza e do modo de vida.

 

Vivendo e improvisando: as estratégias de sobrevivência dos turbulentos.

 

Luciane Canto da Rosa (PUC-SP)

A presente comunicação tem por objetivo perceber as transformações que estão se processando no espaço urbano de Rio Grande (RS) na virada do século, e de forma a parcela mais empobrecida da população vivencia este processo.
Neste momento, a cidade experimenta um impulso de modernidade cuja representação máxima manifesta-se na presença de enormes guindastes importados da França, “Os Titãs”, utilizados na execução das obras de ampliação do único porto marítimo do extremo sul do país, assim como a instalação de um grande número de indústrias.
Tais mudanças serão identificadas através de uma leitura crítica de jornais que circulam no período.

 

Na produção da moradia, a produção da cidade: vilas operárias em Rio Grande.
Paulo Roberto Rodrigues Soares (Universidade do Rio Grande)

A comunicação é parte de uma pesquisa mais ampla que analisa a produção capitalista de moradias em Rio Grande. Um dos primeiros exemplos desta produção, nos anos 40 e 50, é a construção de “Vilas Operárias” por companhias de particulares. As vilas eram conjuntos de casas que serviam para habitação de operários mais qualificados. Não encaramos, entretanto, a construção de vilas como um mero empreendimento capitalista. Inserida num contexto mais amplo, representa diversas facetas da ideologia urbanística que marcou presença nos movimentos de modernização conservadora e nas cidades industriais, na primeira metade do século no Brasil. A substituição das moradias precárias e cortiços (que proliferavam nas cidades que vivenciaram um célere processo de industrialização) por “habitações higiênicas”, visava sobretudo, enquadrar a população operária em valores conservadores. Segundo Benévolo (1987) a construção de casas para operários, na Europa, foi uma das preocupações contra-revolucionários pós-1848. Em França, construíam-se casas para dar um lar digno e ligar os trabalhadores “à propriedade, fonte do amor e da ordem”. Quem eram os empreendedores e qual era o objetivo e quais os desdobramentos da construção de vilas na cidade portuária e industrial de Rio Grande?

VI Congresso de Iniciação Cientifica FURG/ UFPel/ UCPel

 

Aluno: Daniel Moraes Botelho
Orientador: Paulo Roberto Rodrigues Soares
Instituição: Fundação Universidade do Rio Grande
DEGEO

O presente trabalho tem por objetivo fazer uma reflexão sobre as características e efeito do turismo, para a inserção da comunidade de São José do Norte nas rotas e trilhas do turismo gaúcho. A área está localizada na planície costeira do Rio Grande do Sul, uma região sedimentar formada entre o Oceano Atlântico e a Lagoa dos Patos, denominada restinga de São José do Norte para atingir o objetivo proposto nesse trabalho, utilizou-se uma revisão bibliográfica sobre o tema, levantamento de dados do município, referentes aos aspectos sócio-econômicos, históricos-culturais, ambientais e entrevistas com a comunidade. A dependência econômica está atrelada ao setor primário (pesca, agricultura e pecuária), sendo o reflexo do seu processo histórico de ocupação, sua atual estagnação contribui pra o crescente êxodo rural acentuando os conflitos sócio-ambientais urbano. Observa-se que o desenvolvimento econômico baseado nos clássicos modelos de industrialização não ocorreu no município, proporcionando uma baixa degradação ambiental. Os traços deixados pela história e o processo de percepção do presente na comunidade proporcionou apontar uma modalidade alternativa para a atividade turística. È urgente colocar em pratica uma programa de educação ambiental, integração dos setores produtivos tradicionais, artesanato e atividades diversas a fim de dinamizar a economia local.

 

UM ESTUDO DE GEOGRAFIA DAS INDÚSTRIAS: O PARQUE INDUSTRIAL PESQUEIRO DO RIO GRANDE-PREMISSAS TEÓRICAS-METODOLÓGICAS.

Aluno: Paulo Sérgio Barbosa (Bolsa de trabalho)
Orientador: César Ávila Martins
Instituição: Fundação Universidade do Rio Grande
DEGEO

O objetivo geral desta pesquisa é a elaboração perfil da indústria pesqueira instalada em Rio Grande. Em 1980 esse setor contava com 15 indústrias e empregava cerca de 17.000 trabalhadores. No inicio dos anos 90 a estimativa era de cerca de 1500 empregados. A Geografia estudou os chamados processos econômicos de constituição da sociedade ora pelo viés da descrição assentada nas possibilidades dos lugares e das regiões ou das grandes formas de organização da produção. Mantendo premissas básicas da Geografia, como a descrição e a localização dos elementos constitutivos de um setor industrial em um lugar é possível estudá-lo como parte da reprodução social em diferentes escalas e que possui suas especificidades ligadas a ação e aos interesses dos diferentes agentes envolvidos e a produção da segunda natureza.

 

O IMAGINÁRIO URBANO: OS GRAFFITI ENQUANTO MEIO DE COMUNICAÇÃO.

Aluno: Leandro Garcia Vieira (PIBIC/CNPq)
Orientador: Ivana Maria Nicola
Instituição: Fundação Universidade do Rio Grande
Departamento de Letras e Artes

Reconhecendo o fenômeno dos graffiti como um fato universal, atemporal e inerente da humanidade, o presente trabalho julga de imprescindível importância investigar a intencionalidade dessa práxis discursiva que, na maior parte das vezes, é associada ao ato transgressor: seja pelo rechaçar do suporte convencionalizado (o papel, a tela, o espaço determinadamente limitado); ou por fazer uso de uma temática ofensiva ou obscena. Muito mais que traçar uma tipologia dos graffiti, almejar-se a análise da percepção/leitura do olhar do outro, o público fruidor dos graffiti. Além da pesquisa e revisão bibliográfica sobre o assunto, efetua-se, concomitantemente, saídas de campo para efetuar a documentação e registro e registro dos graffiti, evidenciando assim, o cunho teórico-prático do estudo. No que diz respeito aos resultados obtidos até então, cabe ressaltar que os mesmos são parciais, isto é, não definitivos. Visto que as saídas de campo são direcionadas tanto para a incidência de graffiti em espaços privados (é o caso dos banheiros púbicos, que mesmo exercendo um serviço à coletividade, são individuais por excelência) como também os espaços coletivos (as ruas da cidade e todo o referencial urbano), é aí, portanto, nesta última esfera, que encontram-se voltadas todas as atenções até o presente momento. A despeito disso, o caminho já percorrido permite observar que os graffiti, em sua suposta transgressão a ordem estabelecida, é, antes de tudo, o manifesto do indivíduo em salvaguardar seu próprio eu: afirmando sua posição no mundo diante da eminência da homogeneização coletiva.